Em reunião, todos falam.
O ruído atordoa.
A intensidade das palavras agita os corpos.
O som se acumula no ambiente.
A sala parece encolher.
O ar espesso não se espalha.
As conversas se amontoam.
Qual era razão daquilo?
O tempo avalia.
A cada minuto, o debate estica os argumentos.
As pessoas começam a desfocar os rostos.
No início, quem se importa com a desordem?
Pouco a pouco os detalhes sumiam.
A reunião se arrasta até o silêncio.
Ninguém mais se reconhece.
E todo burburinho desaparece no instante em que a sala se apaga.