Abri a página
e ela presenteou.
Era um poema seu.
Como se estivesse vivo
concreto, marginal,
num ar fresco e tropical,
sem distâncias,
abrigada naquelas palavras.
Partes de cidades, de sertões e pampas,
percorridos no interior das diferenças.
Foi aquele seu poema…
Aquele que abre num parênteses
e se encerra numa pergunta.
Eu nem tinha reparado,
tem poema que derruba certezas
com uma pequena indagação.
Foi naquele seu poema que você escreveu:
é proibido proibir
ou tô confundindo com aquela música?
Outro dia escrevi algo que guardei…
coisa simples e singela
só para dizer que lembrei de ti,
só para partilhar esse instante
só pra não esquecer
o que se passa por aqui.